Simpósio reúne cardiologistas da Amazônia
A Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Amazonas realiza nos dias 1º e 2 de julho (sexta-feira e sábado) o 1º Simpósio Amazônico de Cardiologia. O evento, que conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), será realizado no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM-AM) e reúne cardiologistas, clínicos e demais profissionais da área de saúde para se atualizarem em temas relacionados à cardiologia. Entre os convidados está o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Pará, o médico Paulo Toscano.
O simpósio faz parte da programação cientifica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e possibilita aos participantes obter pontuação no certificado para revalidação do título de especialista. O evento também será uma prévia do que 1º Congresso Amazonense de Cardiologia que será realizado em 2006 e fará parte do calendário anual de atividades fixas no Amazonas.
Na programação, composta por quatro mesas redondas de discussão sobre temas relacionados à cardiologia, estão temas como as doenças coronarianas, a abordagem do paciente com dor torácica e/ou palpitações e os diagnósticos em cardiologia. Também serão abordados temas como a nutrição e a educação física, relacionadas à área de cardiologia.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Amazonas, Paulo Ferreira, o simpósio tem o objetivo de promover uma maior integração entre os estados da região Norte. “Queremos ter essa integração para ajudar os outros estados a crescerem”, disse.
Segundo Ferreira, estima-se que no Amazonas cerca de 30% a 40% da população apresente hipertensão arterial e doenças coronárias, mas apenas 17% dessas pessoas sabem ser portadores de problemas ligados ao coração. O médico alerta que essas doenças são silenciosas por um tempo e só se manifestam em determinadas etapas da vida, especialmente depois dos 35 anos. As doenças coronárias e a pressão arterial são, na maioria dos casos, adquiridas ao longo da vida, e aparecem como sendo resultado de maus hábitos alimentares e sedentarismo. Esses fatores contribuem para a formação de placas de gorduras nas artérias, problema que está na raiz das duas doenças.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia – Regional Amazonas conta hoje com 71 médicos associados e, segundo o presidente, há uma tendência de crescimento nesse número. Paulo Ferreira faz uma avaliação positiva das condições par o diagnóstico e acompanhamento das doenças cardíacas no Estado, mas diz que o Amazonas ainda precisa avançar na formação de um centro de referência nesta área. “Todos os exames importantes, incluindo cintilografia, cateterismo, ecocardiograma e teste ergométrico, já podem ser feitos na rede pública e privada, além de cirurgias que hoje são realizadas em quatro hospitais.” Ele diz que o Estado precisa avançar agora para ter um centro de referência em cardiologia.