Susam busca maior redução dos casos de Tuberculose
Em Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Itacoatiara e Parintins, as taxas são elevadas. Na capital, onde se concentram cerca de 72% dos casos, são registrados até 115 doentes para cada grupo de 100 mil pessoas. A Zona Leste, a mais populosa, é também a mais crítica.
Dentre os municípios amazonenses, o que registra a maior taxa é São Gabriel da Cachoeira. Ele está entre os principais focos de controle da doença no interior do Estado. Leny diz que a preocupação maior da Secretaria de Saúde é com as populações indígenas. “As moradias, onde convivem muitas pessoas, e a baixa resistência às doenças urbanas são os fatores de maior risco. Por isso, é necessário que os órgãos de saúde responsáveis por cada área, intervenham e acompanhem os pacientes de maior vulnerabilidade”.
Segundo a Susam, o diagnóstico e o tratamento da doença já são oferecidos em mais de 50 unidades de saúde, em todas os distritos da capital e também pelo Programa Saúde da Família. O Micobacterium tuberculosis, ou bacilo do Kock, como é mais conhecido, é transmitido pelas vias respiratórias. A transmissão é mais fácil em aglomerados, onde o contato entre as pessoas é muito próximo. “Pessoas com baixa imunidade, que não se alimentam adequadamente e debilitadas por outras doenças são as que acabam desenvolvendo a tuberculose”, explica Leny.
No Centro de Referência Cardoso Fontes são atendidos em média 50 pessoas por dia com suspeita de tuberculose. Alguns procuram a unidade para confirmação do diagnóstico, outras por suspeitar da doença após o surgimento dos sintomas típicos – tosse, febre, dor no tórax, falta de apetite, perda de peso e suor noturno. Os exames confirmatórios (o principal é o de escarro) e os exames mensais de acompanhamento são feitos pelo Laboratório Central (Lacen). O tratamento é feito com antibióticos e antiinflamatórios durante seis meses. Em 2003, a Susam identificou 2.015 pessoas com tuberculose.
O índice de mortalidade por tuberculose é baixo no Amazonas, 3 para grupos de 100 mil. “As mortes ocorrem por não adesão ao tratamento, resistência a todas as drogas disponíveis e associação com outras doenças como a Aids”, explica Irineide.
IDENTIFICAÇÃO PRECOCE EVITA TRANSMISSÃO
Uma das aliadas na do controle da tuberculose é a identificação precoce da doença. Enquanto o paciente está tossindo, espalha o bacilo e expõe outras pessoas à doença. “Por isso, orientamos a população a procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima de casa se tiver tosse por mais de três semanas ou tosse aliada aos outros sintomas da doença, como dor no peito, perda de peso e suor noturno”, destaca Irineide Asumpção.
Para incentivar a busca de diagnóstico e esclarecer sobre os sintomas e a forma de transmissão da tuberculose, a Susam preparou material informativo, para distribuição durante a próxima semana. Irineide diz que equipes estarão na área comercial de Manaus na quarta-feira (Dia da Tuberculose) e nos dias 25 e 26. “Além disso, estaremos realizando busca ativa de suspeitos nas unidades de saúde”.