Susam inaugura novo Núcleo de Captação de Órgãos

O Governo do Amazonas inaugurou, nesta quinta-feira (22), no Hospital e Pronto-Socorro Doutor João Lúcio um novo núcleo para a captação de doadores de órgãos no Estado. A unidade de alta complexidade, que atualmente responde por mais da metade dos órgãos obtidos para transplante, passa a ter um espaço dedicado exclusivamente ao trabalho de orientação e convencimento de familiares dos potenciais doadores atendidos no hospital.

O núcleo no João Lúcio vai reforçar a captação de órgãos, trabalho que também é realizado no Instituto Médico Legal (IML). Compõe o novo núcleo uma equipe especializada na captação de múltiplos órgãos formada por profissionais de diversas áreas da saúde, entre psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos. Com o reforço, a expectativa é aumentar a quantidade de doações e o número de transplantes realizados na rede estadual de saúde, conforme determinação do governador Omar Aziz.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, o núcleo para captação de doadores funcionará articulado com a Coordenação Nacional de Transplantes, o que também permitirá o envio de órgãos captados no Amazonas para transplante em outros Estados brasileiros. “O João Lúcio tem sido nossa principal fonte de captação de órgãos para transplante. Por essa razão, estamos abrindo um espaço onde as pessoas que agem na captação, na conversa com as famílias, poderão fazer um trabalho ainda melhor. Nós poderíamos estar fazendo mais transplantes não fossem as sérias dificuldades com doadores”, disse Alecrim.

No hospital, o trabalho de sensibilização começa quando da notificação da morte encefálica do paciente. É nesse momento que os médicos fazem um exame minucioso das condições dos órgãos e verificam se o paciente possuía alguma doença que possa ser transmitida para um possível receptor. A próxima etapa é abordar os familiares sensibilizando-os sobre a importância da doação.

“É a oportunidade para abordar a família das pessoas que estão em morte encefálica, ou seja, que o cérebro não funciona mais, e saber se gostariam de autorizar a retirada dos órgãos. Muitas pessoas dependem desse ato de solidariedade para continuar vivendo. Caso essas doações não ocorram, elas, que estão nas filas esperando por órgãos, podem ter complicações e até morrer. Nossa tarefa é sensibilizar as pessoas, acolher a família para explicar o que é a doação e para que serve”, explicou a coordenadora Estadual de Transplantes, Leny Passos.

Através do núcleo, a Coordenação Estadual de Transplantes planeja reforçar o trabalho educativo desenvolvido com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de órgãos.