Telessaúde será ampliada com apoio de Comitê Estadual

Assessoria de Comunicação – SUSAM
19/07/2011

Comitê vai apoiar expansão de consultas e exames à distância

O Amazonas é o primeiro estado brasileiro a instalar o Comitê Estadual de Apoio ao Telessaúde Brasil, programa do Ministério da Saúde desenvolvido em parceria com as universidades e governos estaduais. O objetivo do programa é ampliar, com o uso de ferramentas de telecomunicação, as ações de saúde realizadas fora dos grandes centros e capitais.

O Comitê local, instalado na manhã desta terça-feira (19), em Manaus, é composto por representantes de 15 instituições, incluindo as secretarias estaduais de Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Planejamento e Povos Indígenas, prefeituras municipais, Forças Armadas e as duas universidades amazonenses associadas ao programa nacional de telessaúde – a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que mantém o programa em funcionamento a partir da Escola Superior de Ciências da Saúde, e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que atua por meio do Hospital Universitário Francisca Mendes.

O papel do Comitê Estadual é fortalecer as ações já existentes e ampliar as áreas e serviços abrangidos, concentrando a coordenação e o monitoramento de todas as atividades relativas à telessaúde no Amazonas. Planos bianuais deverão ser desenvolvidos pelo grupo para atender as necessidades do sistema público de saúde, em articulação com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e Ministério da Saúde.

O titular da Susam, Wilson Alecrim, destaca que a telessaúde no Estado é uma estratégia eficiente e de baixo custo para ampliar o acesso das populações do interior a consultas e exames especializados. A ferramenta permite ainda a capacitação de médicos, enfermeiros e outros profissionais, e a discussão on line de casos clínicos e conclusão de diagnóstico. “É bom para o paciente, que não precisa se deslocar para a capital, e é bom para o profissional que conta com suporte técnico”, diz.

Alcance – De acordo com o secretário executivo de Assistência à Saúde do Interior, Evandro Melo, atualmente 57 municípios do Amazonas contam com laudos de eletrocardiogramas feitos à distância, e 31 já podem realizar consultas em 17 especialidades médicas.

Em média são feitos no Amazonas 4 mil eletrocardiogramas por mês. Até o início deste mês, o Hospital Universitário Francisca Mendes já havia realizado 98 mil exames desse tipo. Por outro lado, em dois anos, a UEA realizou mais de 66 mil atendimentos entre consultas e treinamentos. Além das sedes municipais, o sistema já está em locais mais remotos, incluindo as aldeias indígenas Yauaretê, em São Gabriel da Cachoeira e Umirituba, em Barreirinha.

“A telessaúde traz ganhos imensos”, avalia o diretor do Francisca Mendes e coordenador do núcleo de Telessaúde da Ufam, Pedro Elias de Souza. Ele lembra que antes os pacientes vinham de lugares como São Gabriel da Cachoeira, a 852 quilômetros da capital, apenas para realizar um exame que pode ser feito em menos de 10 minutos.

O coordenador do núcleo de Telessaúde pela UEA, Cleinaldo Costa, diz que um paciente atendido por telessaúde custa apenas R$ 2 por mês, enquanto uma consulta tradicional custa R$ 11. “É um sistema muito barato e comprovadamente de grande impacto”. Ele cita estudos do Canadá que apontam para a redução de 66% nas internações hospitalares e 74% na procura pelos serviços de urgência, após a implantação da telemedicina.

Segundo o secretário Wilson Alecrim, o novo Comitê deverá trabalhar com algumas prioridades já definidas. Entre elas estão a linha de cuidados materno-infantil, visando a redução dos índices de mortalidade de mães e crianças e a capacitação para urgência e emergência.

Até o fim do ano a Susam, em parceria com a Ufam e a UEA, deve concluir o sistema de conexão para envio de dados, som e imagem em tempo real nos 61 municípios do interior. Além dos eletrocardiogramas, devem ser realizados no interior, com laudo emitido por Manaus, os exames de mamografia, raio X e futuramente tomografia.

Segundo Alecrim, outras instituições locais, nacionais e internacionais também podem ser incorporadas ao programa. Um exemplo são as Fundações estaduais, que são referência em áreas específicas como dermatologia, hematologia, doenças tropicais, oncologia e ortopedia.

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Andréa Arruda – Francismar Lopes