Tuberculose tem redução no Amazonas

O dia 24 de março é dedicado mundialmente ao combate da Tuberculose. No Amazonas, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), a doença está regredindo e os resultados são motivo de comemoração. A taxa de incidência da doença (registro de casos novos) caiu de 34,8%, registrada em 2004, para 32,9% em 2005. Segundo a coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Irineide Assumpção, a queda está associada à ampliação da rede de atendimento, diagnóstico e prevenção da doença, tanto na capital quanto no interior do Estado.

“Em Manaus, 100% da rede básica está capacitada para diagnosticar e tratar a doença”, assegura. Ela destaca também o impacto das ações de prevenção, que incluem esclarecimento específico aos grupos de risco e a imunização das crianças. “Como a tuberculose é uma doença transmissível e ainda está associada a condições sociais menos favoráveis, o esclarecimento para medidas de controle e prevenção garantem bons resultados na redução de casos novos”.

A tuberculose é uma doença causada por uma bactéria, conhecida como bacilo de Kock, que atinge principalmente os pulmões. Pessoas portadoras da tuberculose podem transmitir a bactéria para outras, através do espirro ou da tosse. Entre os principais sintomas da doença estão tosse por mais de três semanas, febre baixa, dores no peito, perda de apetite e suor noturno. Portadores destes sintomas devem procurar um centro de saúde, onde o diagnóstico poderá ser feito através de raio X ou do exame de baciloscopia, que atesta ou não a presença do bacilo no escarro.

Em caso de resultado positivo, o acompanhamento é feito em qualquer unidade da rede básica de saúde. O tratamento é gratuito. Os medicamentos são tomados durante o período médico de seis meses e o paciente é avaliado por médicos especialistas da rede pública. Irineide Assumpção ressalta a importância do início precoce do tratamento e lembra que, iniciada a medicação, o paciente deixa de ser um transmissor da doença.
“Toda os centros de saúde da capital já tem o programa de tratamento da tuberculose implantado e em pleno funcionamento, facilitando o acesso da população imediatamente após o surgimento dos sintomas da tuberculose”, afirma a coordenadora.

O Hospital Cardoso Fontes é o centro de referencia no Amazonas para o tratamento da doença. São encaminhados para o hospital os casos mais graves ou bastante evoluídos que não poderão ser resolvidos nos centros de saúde. “Diariamente cerca de 50 pacientes são atendidos no Cardoso Fontes”, afirma a Irineide.

Segundo Irineide um fator de contribui para a disseminação da doença é o abandono do tratamento antes da cura. Com apenas duas semanas de tratamento o paciente já não apresenta mais nenhum sintoma da doença, mas a cura completa só se dá após seis meses. “Sem sintomas e sem incomodo as pessoas pensam que já estão curadas e abandonam o tratamento. O problema é que elas continuam transmitindo a doença e tornando o bacilo resistente à medicação”, explica.
O índice de mortalidade por tuberculose é baixo no Amazonas, 3%. “As mortes ocorrem por não adesão ao tratamento, resistência a todas as drogas disponíveis e associação com outras doenças como a Aids”, explica Irineide.
Interior – No interior do Amazonas todos os hospitais também possuem profissionais capacitados para atender casos suspeitos e pacientes portadores da doença. As unidades também possuem os medicamentos utilizados no tratamento e realizam ações educativas.

No trabalho de prevenção a principal arma é a vacina BCG, ministrada em recém nascidos com até 30 dias de vida. A vacina protege contra as formas mais graves da doença e está disponível em todos os centros de saúde e também nas maternidades públicas.

Em 2005, no Amazonas, a taxa de incidência de tuberculose foi de 32,9% contra 34,8% no ano de 2004. Os municípios com maior número de incidência em 2005 foram Parintins, com 68 casos, São Gabriel da Cachoeira, 67, Itacoatiara, 55, Tabatinga, 42 e Tefé com 33 casos.

Em Manaus, onde foram registrados 1.546 casos, os bairros com maior incidência são Cidade Nova, com 171 casos, Jorge Teixeira, 127 e Compensa com 117 registros de casos. Dos 58 bairros existentes na cidade, apenas o bairro de Vila Buriti não registrou casos da doença no ano passado.

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